terça-feira, 13 de setembro de 2011

testando...1...2...3...


Gostei do café da manhã do La Quinta Inn: pão de forma, cream cheese, waffle (feito pelo hóspede), maçãs, leite, achocolatado, aveia, bolo, café, chás, sucos de maçã e laranja (de máquina), ovo cozido, cookies. O café está incluído na diária.

Acomodamos nossa bagagem no carro, fizemos o check out. Na frente da recepção, fica uma pessoa autorizada dos parques, vendendo ingressos. Compramos ali mesmo nossos ingressos para o Kennedy Space Center e recebemos a orientação de que o GPS não chega até a entrada do complexo, por questões de segurança nacional. Por isso, o GPS indica o caminho corretamente até o Hall da Fama dos Astronautas, que fica bem próximo, e dali em diante, é mais confiável seguir as placas na estrada, que são muitas, do que as indicações do GPS.

Foi o que fizemos.

Pé na estrada, e que estrada ! O asfalto lisinho, sem um buraco, sem falhas. Acostamento limpo, faixas bem sinalizadas, uma viagem muito agradável. Chama a atenção que quase não vemos motocicletas em Orlando ou nas estradas.

Quando estamos perto do KSC, seguimos por uma ponte, não sei se banhada por rio, lago ou mar, mas local bastante agradável, uma vista linda.



Chegamos sem dificuldades no Astronaut Hall of Fame. Vale a pena parar nesse lugar. É um museu, com muitas coisas referentes às viagens e uma grande parte interativa, com experimentos dos mais diversos. Até futebol na lua nós jogamos !

O ápice é uma sala escura, com um enorme globo terrestre flutuando no meio, todo azul, iluminado, girando bem devagar. Fiquei um tempo ali, admirando a perfeição do universo, olhando o caminho que tinha percorrido do Brasil até os Estados Unidos, e aquela sensação de paz invadiu meu coração.

No fim, uma loja bem interessante: compramos fragmentos de meteoritos, kits com camiseta e boné, kits de três camisetas, moletom, sorvete de astronauta, morango de astronauta (ruins, argh!), chaveiros.

Dali até a entrada do KSC, é pertinho. Estacionamos, entramos e eu fui abordada por um funcionário. Era o 25º aniversário do acidente ocorrido com a Challenger, e iria acontecer uma cerimônia em homenagens aos astronautas mortos naquele fatídico dia, entre eles a primeira professora civil participante do programa espacial norte americano. Eu recebi uma rosa, que deveria ser depositada no memorial.

Fomos direto ao restaurante, já era hora do almoço, a fome tinha apertado.

Dali, fomos ao memorial. É uma enorme parede de granito preta, onde estão gravados os nomes dos astronautas que perderam a vida em missões espaciais. No local havia uma linda coroa de flores, e na grade ao redor da parede, muitas flores depositadas. O momento era solene, havia pessoas realmente emocionadas, acredito que alguns deveriam ser parentes dos mortos. Um palanque estava sendo arrumado, acredito que mais tarde teria uma missa ou solenidade. Confesso que o momento foi de emoção, depositei minha rosa vermelha ali, pensando na grandiosidade daquilo tudo.

Muitos bilhões são gastos no programa espacial norte americano, será que ele é tão necessário assim ? Não seria mais útil conhecer o que os oceanos escondem, por exemplo ?

Demos uma volta no complexo, entramos em ônibus espacial, tiramos fotos do jardim de foguetes. Não quisemos participar do tour, por ser demorado.

Já era hora do cinema, fomos para lá assistir, no melhor cinema 3D que eu já fui na vida. Não que o filme fosse tão especial e os efeitos fantásticos. Mas que o cinema era confortável, e eu já dormi logo que sentei, as luzes nem tinham sido apagadas. Por isso digo que foi o melhor cinema, o melhor para dormir ! Acordei com o fim do filme, não sei nada, se era bom ou ruim... parece que era narrado pelo Tom Hanks, mas isso eu também não posso afirmar.

Dali, tchau KSC, e volta para a estrada, desta vez em direção a Miami, para a cidade de Coral Springs, onde mora nossa prima Marcia.

Novamente estradas maravilhosas, fomos seguindo as indicações da nossa GPS Portuguesa, com aquele sotaque lusitano. Tínhamos que pegar a I-95 e posteriormente a Turnipick.

A estrada é dotada de pedágios, sempre escolhíamos aquele em que pagávamos em dinheiro. Até que chegou um onde não pagamos, recebemos um cartão. Ficamos confusos com aquele cartão, meu marido dirigindo, e eu lendo o verso, tentando entender o que significava, e logo na frente havia uma bifurcação, perdemos nossa entrada.

Isso nos custou mais 40 minutos de viagem, não tinha retorno próximo. Rodamos não sei quantas milhas, até conseguir retornar e entrar no lugar certo.

Bem, depois dessa, já era tarde, estávamos tensos, e resolvemos parar num posto para comer algo e abastecer. Começou a escurecer, e nada de chegar... Nossa prima telefonava o tempo todo, preocupada com nosso atraso.

Chegamos em Coral Springs a noite, e logo me chamou a atenção a cidade ser cercada por muros, beirando e acompanhando a estrada. Mais tarde, soube que os muros servem para abafar o barulho da movimentada rodovia.

Encontramos nosso hotel, novamente da rede La Quinta Inn, desta vez maior que o outro, e dotado de elevadores. Encontramos nossos parentes queridos no estacionamento, e todos subiram levando a bagagem, deixamo-as no quarto e saímos para conhecer a cidade.

Coral Springs é muito agradável. As cidades de lá são equivalentes aos bairros daqui, pequenas e muito próximas. Assim, fizemos um tour pela região, e passamos em outras cidades, além de Coral Springs, chegando até Pompano Beach. Passamos por Margate, Coconut Creek e Pompano Beach.

Seguindo a orla, me chamou a atenção uns canais, onde as residências eram erguidas ao redor, todas muito grandes e luxuosas, e gigantescas lanchas e iates estacionadas no píer particular. Infelizmente, estava sem bateria na máquina, e estava muito escuro, assim não pude registrar esse local. Tinha a esperança de voltar durante o dia, mas não voltei.

De lá, voltamos para Coral Springs, e jantamos em restaurante brasileiro.

Nossa prima falou que a região é habitada por muitos brasileiros, existem bairros onde a ocupação chega a mais de 80% de famílias brasileiras. Existem vários restaurantes, todos do estilo self service, onde podemos comer a nossa comida, e ainda assistir a Globo Internacional, estava passando até a novela ! Contíguo aos restaurantes, existem mercados, onde encontramos todas as comidas para comprar, além de itens de higiene pessoal, havaianas, carvão para churrasco, sucos e refrigerantes... enfim, tudo que um brasileiro fora de seu pais natal pode precisar.

Foram momentos muito agradáveis em família, nossa prima tem um filho (nascido nos USA) da idade dos meus, e todos se dão muito bem.

De volta ao hotel, fomos descansar.